quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Duas perdidas numa noite suja
A doce ilusão
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Desistir, jamais!!!
Eu nunca vi problema nenhum em desistir das coisas. Deixá-las pra trás. “Tirar o time de campo”. Desfrutar o máximo de uma situação e depois não querer mais. Sair por cima. Sair com classe. Leave the boat before it sinks. “Leave the party while the music is still playing”, como me disse o grande Gavin, meu teacher na África do Sul, quando viu que eu tava desesperada porque não queria voltar pra minha terra, deixar um grande amor pra trás e voltar pro meu mundo real. Ele tava certo.
Tem gente que encara desistência como sinônimo de fraqueza. Discordo. Chutar baldes faz bem. Deixar as coisas que não nos servem mais na hora certa. Ou aquelas que não tem mais solução. Que não tem como funcionar. Melhor do que ver o barco afundar e não ter ao menos um colete salva-vidas por perto pra amenizar a situação.
E parece que a gente acaba desenvolvendo ao longo dos anos um tipo de “feeling” que nos possibilita reconhecer quando eh a hora certa de entrar num bote pra evitar bater num iceberg depois. Esperta a natureza!
Eu já prolonguei relacionamentos que não faziam mais sentido nenhum por medo. Medo de ficar sozinha, confesso. De me arrepender depois. De magoar o outro. Já enrolei em empregos que nada mais me acrescentavam em nome da tal “estabilidade”. Já tentei manter amizades que sabia que não valiam a pena.
Agora eu sei que desistir pode ser sempre bom. Tomar ou aceitar uma decisão eh sempre melhor do que não fazer nada. Ficar atônito. Vendo o Titanic indo pro saco. E morrer congelado. Com frio e com dor. E molhado.
Desistir. Rima com sorrir. Com prosseguir. Com partir.
E eu vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amiga do Rei. (não o Roberto muito menos o Elvis, mas aquele que sabe quem eu sou e como eu sou).
Tempo amigo, seja legal!
Nos últimos meses, eu tenho insanamente desejado que meus dias tivessem, no mínimo, umas 30 horas. Dessas 30, eu dormiria umas 10. (preguiçosa? Capaz!) Umas outras 10 seriam dedicadas a funções de trabalho e tarefas domésticas. Pronto! Sobrariam longas 10 horas pra fazer tudo o que a gente gosta! Ler, ouvir música, ver os amigos, beber, amar e até mesmo fazer absolutamente nada. (e por que não?) Mas não é assim. Talvez no mundo da Alice do Louis Carroll esse tipo de loucura seja possível. Mas não aqui. Nessa dimensão.
Tempo. Que às vezes não é nada legal com a gente. Que quando não queremos, se arrasta. Quando estamos mais empolgados, voa. Não é justo assim, tempo amigo!
Eu fico braba. Braba mesmo. Porque meus horários são diferentes dos das outras pessoas. Porque eu não tenho noites livres. Porque eu preciso trabalhar sexta à noite e no sábado também. Isso me consome energias. Descarrega minhas baterias. Me afasta das pessoas. Diminui meu tão esperado free time. MEU tempo. Meu. O de ócio.
O tempo também deixa marcas, esse sacana! Basta eu me olhar no espelho que eu vejo ele ali, sempre presente, me relembrando que eu não tenho mais 15 anos. E que nem os mais caros cremes podem apagar o que ele já fez. Ele também tem me deixado mais cansada. Mais gorda. Menos tolerante.
Felizmente (porque tudo na vida tem um outro lado), por uma pegadinha do destino, nós somos como o vinho. Melhoramos espiritualmente com o passar dos anos. Eu sei que a Helena de 27 é bem melhor ser humano do que a de 19 e a de 23. Também tenho certeza de que a de 35, se pudesse vir do futuro e falar com essa que vos escreve agora, iria colocar a mão no meu ombro e dizer: “Tu ainda não viu nada, guria!”
É, o tempo. Que pode ser medido em horas, dias, meses, estações e décadas. Esse mesmo filho da puta que não me deixa fazer tudo o que eu tenho vontade. Que demora pra passar quando eu tou triste.
O tempo. É, esse, definitivamente, ainda me mata.
Me vê 10 aí!
Eu nunca entendi o porquê de nós, gaúchos, fazermos o demasiado uso do “me vê” pra quase tudo o que a gente quer. Eu não fujo dessa não, tou sempre usando também. “Me vê 10 passagens aí!” Me vê uma caneta, por favor” “Me vê aquela sacola ali?” Me vê. Não faz o menor sentido. Assim como muitas outras coisas que a gente diz.
Falando em expressões idiomáticas agora, meu pai sempre faz uso das melhores. “Tá se fazendo de salame pra ser comido em rodelinha!” (escuto essa desde a minha infância) Ou até mesmo aquela do “tem boi na linha”. Adoro! “Ih, tem boi na linha, abre o olho!”
Meu já falecido tio tinha uma bela expressão cunhada por ele, que era, mais ou menos assim: “Poeira neles!” A teoria dele era a de que se a gente não se “ligasse” em determinadas situações, ia acabar “comendo poeira”. Então, para evitar maiores contratempos, “poeira neles!”. Tipo, “no dos outros é refresco!” Muito boa.
“Tou de óculos” Essa é muito velha. Que é quase irmã gêmea da mais recente “Tô ligado”
Eu tinha um amigo paulista que devido a uma bebedeira de final de ano acabou virando namorado. E ele vivia debochando do meu frequente uso do “capaz”. Bom, nós, gaúchos, sabemos que o tal do “capaz” pode expressar diversos sentimentos. Pau pra toda obra.
- Tou indo pro México nas férias!
- Capaz! (surpresa, alegria, euforia???)
E por aí vai.
Tem muitas expressões engraçadas que a gente usa e nem se da conta do quão nonsense elas são.
Eu às vezes me pego num momento bem Bob Generic (aquele guzirinho cabeçudo do desenho “O fantástico mundo de Bob”) imaginando o sentido LITERAL de tais expressões. Pessoas cortadas em rodelas, feito salame. Um boi num carretel. O emoticom do msn de óculos. Uma pessoa ligada numa tomada. Alguém me dando um espelho pra eu poder “me vê”.
Nossa imaginação é foda. E ao mesmo tempo a gente pode e DEVE dar asas a ela! (conseguiu imaginar essa também?)
(sempre que faltarem acentos, eh culpa do teclado dos estrangeiros)
O que nunca vai acontecer
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
pra ela
O grande pai
She's leaving home, bye bye...
domingo, 27 de setembro de 2009
Turn, turn, turn
There is a season, turn, turn, turn.
And a time to every purpose under heaven.
A time to be born, a time to die.
A time to plant, a time to reap.
A time to kill, a time to heal.
A time to laugh, a time to weep.
To everything, turn, turn, turn.
There is a season, turn, turn, turn.
And a time to every purpose under heaven.
A time to build up, a time to break down.
A time to dance, a time to mourn.
A time to cast away stones.
A time to gather stones together.
To everything, turn, turn, turn.
There is a season, turn, turn, turn.
And a time to every purpose under heaven.
A time of love, a time of hate.
A time of war, a time of peace.
A time you may embrace.
A time to refrain from embracing.
To everything, turn, turn, turn.
There is a season, turn, turn, turn.
And a time to every purpose under heaven.
A time to gain, a time to lose.
A time to rend, a time to sow.
A time for love, a time for hate.
A time for peace, I swear it's not too late
Easy like Sunday morning
So high
I wanna be free to know the things I do are right
I wanna be free
Just me
Oh baby...