"A lei do Karma é aquela lei que ajusta, sábia e inteligentemente, o efeito a sua causa. Todo o bem ou mal que tenhamos feito numa vida virá trazer-nos consequências boas ou más para esta vida ou próximas existências." Muito bonito! Eu nunca tinha sido muito adepta à teoria do karma não. Até começar a assistir afinco ao seriado pra lá de engraçado "My name's Earl". Quem não conhece, não sabe o que tá perdendo. Em suma, temos Earl, um ordinary guy, que, quando ganha na Loteria, tudo começa a dar errado pra ele. Aí Earl percebe que deve estar "pagando" pelas coisas ruins que fez. Fato. E resolve, pra tentar melhorar as coisas, fazer uma lista de todas coisas ruins que fez e tentar pedir desculpas pras pessoas afetadas e tentar compensá-las, de alguma forma.
"Pedir desculpas" Beleza. O problema chega na parte da compensação. Sempre que Earl tenta remediar o que tinha feito de errado, algo surpreendentemente pior ou inesperado acontece. Aí que tá. Earl e eu nos perguntamos: pedir desculpas faz um bem danado. Mas, será que vale a pena tentar consertar o que foi feito de errado?
Eu acredito muito em karma. Aquela velha história do "colhe-se o que se planta". Olho por olho, dente por dente. Quando se faz o bem, enfim, teoricamente, coisas boas teriam que acontecer pra gente. Mas, é possível ser bom o tempo todo??? Claro que não! No caso do Earl, ele era um trambiqueiro, que tirava vantagem das pessoas e, por isso, acabou se fodendo. Levou o troco na mesma moeda. E aprendeu com isso. The hard way.
E quanto a nós, seres humanos normais, ditos do "bem"? E quando a gente só faz o bem e nem sempre recebe isso em troca??? Desiste? Claro que não. E o mal, que por ventura, a gente venha a causar aos outros sem querer, sem saber? Magoando, fazendo o outro sofrer? Como a gente fica, daí? É, não é fácil.
Eu nunca fiz o mal pra ninguém, conscientemente. Já fiz gente sofrer por minha causa. Não correspondi sentimentos. Fui displicente com o coração de algumas pessoas. Xinguei muita gente. Já quis ver pessoas mortas. Mesmo que por 12 segundos. E isso, meus amigos, não faz de mim uma pessoa má. Eu sou do bem, e digo e repito isso com todo orgulho!
E enquanto o karma me perseguir, eu sei que tudo vai ficar bem. Porque eu quero o bem pra todo mundo. Meu amor é sempre altruísta. Eu não me importo de estar triste em determinados momentos sabendo que a(s) outra(s) pessoa(s) tá(o) bem. Talvez eu seja idiota. Ingênua. Mas me faz bem ser do bem. Desejar o bem. Mesmo quando as pessoas me fazem mal.
É aquela velha história, não há bem que dure pra sempre, nem mal que nunca acabe. E eu vou, até o fim, desejar o bem pra todo mundo. Até pra quem não gosta de mim. Até pra quem eu não gosto. Pra todo mundo. Por que, sim, algum dia eu vou colher os bons frutos da minha alma generosa. Nem que seja em outra encarnação. Someday, someday...
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