Eu sempre detestei pessoas que tentassem agradar a todo e qualquer custo. Partidária da teoria de que "empatia não se compra", sempre repugnei pessoas que ficassem "forçando a barra" pra ser legal, simpático ou até mesmo aceito. Quem me conhece sabe que, apesar do sorriso estampado no rosto e do aparente bom humor, não sou nenhuma doçura não. Ah, a intolerância...
O problema foi quando eu me dei por mim e percebi que eu, SIM! (pasmem), quase caí nessa cilada, algumas vezes até. E por favor, não confundam educação e gentileza com tentativa de agrado, tá? Vocês sabem BEM do que eu tou falando.
Por mais independente e autossuficiente que eu pense que eu sou, eu me vi, dia desses, tentando agradar. Ser legal. Ser aceita. Justo eu! - Caralho! (eu pensei!)
O importante na vida é ser feliz com o que se tem, sempre almejando aquele "um pouco mais", é claro. Mas, me pergunto, até que ponto essa busca pelo "algo mais" não acaba (me) nos fazendo cair na tentação do agrado. Não sendo nós mesmos. Interpretando papéis. Tentando desesperadamente se encaixar. De alguma forma ou de outra. Aqui e acolá.
Temos que ser flexíveis, fato. O mundo não vai se moldar à nossa forma. Porém, também não podemos esquecer que o pior que pode nos acontecer é nos tornarmos aquela versão de nós mesmos que mais odiamos ou poderíamos vir a odiar.
Me olhei no espelho e vi que é assim mesmo que tem que ser. Do meu jeito. Como sempre foi. Como sempre deveria ser. E se não for assim, que se dane.
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